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Veja baleias na capital do Alasca, inclusive dando espetáculos em mar aberto, ou receba seu dinheiro de volta

Como o tempo de parada dos cruzeiros do Alasca na capital Juneau é grande, cerca de 12 horas, após fazer o tour de helicóptero uma boa pedida é a excursão de observação de baleias. O custo atual, em média, é de US$ 130 por pessoa, mas é negociável. Além disso, ele tem duração de duas horas e inclui uma visita ao Mendenhall Glacier, a mais famosa geleira do Alasca.

Nós reservamos o passeio diretamente na cidade, pois já no porto de Juneau há inúmeras barraquinhas (sim, como se fosse uma feira) de miniagências locais oferecendo os mais diversos tours  – com preços bem mais convidativos que os praticados pelo cruzeiro.

Baleias Humpback nadam ao lado dos barcos em Juneau, no Alasca

Todos os demais passeios nas outras cidades visitadas no Alasca já estavam agendados, e não tínhamos pensado em observar baleias. Ou seja, a única coisa que faltava mesmo era organizar este encontro com os enormes mamíferos em alto-mar. Ou seja, foi impossível recusar a oferta assim que vimos a possibilidade. E como a tarde estava livre para explorar a região, deu tudo certo.

O curioso é que, em qualquer agência que você vá, eles afirmam: o encontro com as baleias é 100% garantido, ou você terá o seu dinheiro de volta. Você acha, num primeiro momento, que é conversa de vendedor. Mas acredite: elas estão sempre lá para se alimentar, e pelo menos um vislumbre da cauda vai acontecer. Em alguns casos, quando a sorte está ao seu lado (e felizmente ela estava do nosso nesta viagem), raros momentos podem surgir diante dos seus olhos.

Depois de muito navegar (por paisagens deslumbrantes), conseguimos achar um grupo grande de baleias Humpback (ou seja, nada de recuperar a grana na saída). Elas iam e voltavam de uma mesma região, com leves saídas da água que mostravam de relance o dorso. Até que de repente, uma abusada e exibida baleia, de mais de 30 toneladas (segundo o guia), decidiu saltar com quase todo o corpo para fora d’água a poucos metros de distância do nosso barco.

Momento em que uma baleia Humpback salta em alto-mar diante de turistas perplexos com o espetáculo
E este é o momento da queda daquele animal com mais de 30 toneladas

Aquilo foi tão inesperado que causou um choque, daqueles que você quase paralisa diante de algo tão surreal. Só que depois a sensação vai mudando, porque começa a nascer um sentimento rápido de agradecimento, já que você estava olhando para o lugar certo na hora certa, tendo a oportunidade de presenciar algo indescritível da natureza. Afinal, dificilmente você veria algo sequer parecido outra vez, certo?

Errado. A baleia estava empolgada e repetiu a façanha algumas vezes. Claro que elas são enormes e estão nadando tranquilamente por um oceano, então nunca dava para saber onde ela iria saltar. Mas até isso era bacana, porque criou uma expectativa inacreditável por todo o  barco. Todos ficavam com os olhos atentos naquela imensidão tentando decifrar onde seria o próximo espetáculo.

E quando menos se esperava, ele se repetia. A baleia mostrava a sua força e beleza sem qualquer pudor. Deu até para conseguir umas fotos desses momentos, que podem nem estar impecáveis, mas dão a noção de como foi.

Passeio procura por baleias em alto-mar, mas a paisagem por si só já impressiona os turistas

Mas atenção, assim que começamos a navegação de volta à terra firme, os guias avisaram no som do barco: “Isso quase nunca acontece. Portanto, por favor, pedimos para não contar aos turistas que vão entrar no barco assim que vocês desembarcarem, porque há grandes chances de eles não testemunharem o que vocês viram. E criar expectativas que podem não ser cumpridas pode prejudicar o passeio deles.” Pois é, na hora do desembarque, todo mundo ficou quietinho, mas era difícil tirar aquelas imagens da cabeça.

E depois de  voar de helicóptero por uma geleira e ver baleias em alto-mar, ainda deu tempo para fazer um terceiro passeio em Juneau. Confira a terceira etapa da visita à capital do Alasca aqui.

 

*Todos os valores são referentes a maio/2017

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Autores: Fábio Trindade e Tiago Stachetti

Fábio Trindade

Jornalista e viajante profissional @fatrindade

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