Apesar de Berna ser a Capital da Suíça, Zurique é a cidade mais rica e a capital financeira do país. Também é considerada uma das cidades com melhor qualidade de vida do mundo. Mesmo com toda essa importância, com um roteiro de dois dias bem elaborado é possível conhecer tranquilamente os pontos mais importantes, deixando os demais dias para as cidades do interior. E se você não tem nem 2 dias por lá, confira o nosso roteiro de UM DIA EM ZURIQUE.
DIA 1:
Comece o passeio pela Hauptbahnhof (Estação Central), a maior da Suíça. Cheia de vida por causa do movimento constante de passageiros, o saguão é rodeado por lojas, bares, restaurantes, além das feiras e mercados que são sempre montados ali.
Saia para a Bahnhofplatz, onde há o Monumento a Alfred Escher bem no centro. Caminhe pela Bahnhofstrasse, a principal avenida do centro de Zurique e com certeza uma das mais caras e exclusivas do mundo. Nela você vai encontrar tudo que desejar: moda, lojas de departamentos, relógios, chocolates, bancos suíços e muito mais.
Com 1,4 quilômetro de extensão a avenida termina no Zürichsee (Lago Zurique). Mas não se apresse, há muitas atrações pelo caminho e você certamente fará alguns pequenos desvios de rota para apreciá-las.
A primeira delas é Lindenhof, uma colina arborizada, a 25 metros de altura em relação ao Rio Limmat. Estrategicamente localizada, serve como mirante para a cidade, e nem precisamos dizer que a vista lá do alto é magnífica!
Quando você achar que já tirou fotos suficientes siga para a St Peters Kirche (Igreja de São Pedro), que se distingue pelo imenso relógio na torre (são 8,7 metros de diâmetro, o que o faz ser o maior da Europa). Aliás, esta é a igreja mais antiga da cidade e já foi usada como ponto de vigia para incêndios.
Próxima dali está a Fraumünster Kirche (Igreja das Mulheres). A primeira coisa que você verá ao se aproximar é a famosa torre azul, com certeza um dos pontos mais fotografados da cidade. Possui o maior órgão de Zurique, mas as principais atrações do local são os cinco belos vitrais projetados pelo artista Marc Chagall, cada um com 10 metros de altura e que retratam diferentes histórias cristãs.
Visita encerrada, hora de continuar. Siga para a Quaibrücke, que é a ponte que separa o rio Limmat do lago Zürichsee. A água é transparente e, acredite, potável. Este ponto da cidade é frequentado por praticantes de canoagem, natação e também serve de lar para muitas espécies de aves e animais.
Claro que isso no verão, pois na época que fomos tudo estava tomado pela neve (e lindo). Mas, depende de quando você pretende ir, vários passeios de barcos são oferecidos por ali e se você tiver algum tempo livre pode aproveitar um deles. Atravesse a ponte e com certeza encontrará ângulos diferentes para tirar belas fotos.
Chegando ao outro lado, vire à direita na Theaterstrasse até a Opernhaus (Casa de Ópera) e além do belíssimo prédio, conheça a praça ao redor.
Continue caminhando até o Chinagarten (Jardim Chinês). Bem pertinho está o Zürichhorn, outro belo parque bastante disputado pelos moradores, com gramados para piquenique, áreas para prática de esportes, vestiários para quem quiser dar um mergulho…
Termine seu dia em um restaurante típico e prove um dos muitos pratos tradicionais da culinária suíça, como a Raclette.
DIA 2:
A primeira visita de hoje é a Rathaus (Prefeitura da cidade). É uma bela construção na margem do Rio Limmat, onde você pode conhecer toda a história da política local por meio de diferentes objetos e obras de arte. Foi construída sobre estacas colocadas no leito do rio. Depois, dê uma volta na típica rua Marktgasse e aproveite a atmosfera local.
Siga pela rua Münstergasse para chegar à Catedral Grossmünster. Diz a lenda que Carlos Magno fundou a igreja sobre os túmulos dos santos Felix e Regula, padroeiros de Zurique. Suas duas torres dominam a silhueta da cidade e é possível subir os 187 degraus para ter uma vista panorâmica.
Agora caminhe à vontade pela Niederdofstrasse e explore o Centro Histórico. Perca-se no labirinto de ruas de paralelepípedos, becos estreitos e sinuosos. O que mais nos agradou aqui foi ver como o passado bem preservado se mistura com modernos cafés, lojas e galerias.
Encontre um lugar para relaxar e fazer uma gostosa refeição. Nós paramos no Café Restaurant Mohrenkopf e foi ótimo. Lugar aconchegante, comida deliciosa. E se der sorte como a gente, entramos no café com o dia só nublado e de repente, no meio da comilança, vimos a neve começar a cair pela janela – muita neve. A cidade ficou tomada, como dá para ver nas fotos. Deixou o clima ainda mais impressionante.
Para o período da tarde vamos te dar duas opções:
1 – MUSEUS: Quem não quer sair da região central da cidade pode visitar o maior museu da Suíça, o Kunsthaus. Ele fica bem próximo à Grossmünster e reúne coleção de arte medieval, pinturas holandesas e flamengas, além de um grande número de obras de nomes como Picasso, Cézanne e Monet. Na sequência vá até o Zürich Landesmuseum, bem ao lado da Estação Central. Lá você verá a mais completa coleção de objetos relativos à história cultural da Suíça.
2 – FIFA: Já quem gosta de futebol certamente vai preferir esta opção. Ainda no centro da cidade, próximo ao lago, tem o Museu da Fifa. Para chegar lá, atravesse novamente a Quaibrücke e siga em frente por algumas quadras. Não tem erro. Depois, pode seguir até a sede da Federação. Para isso você vai ter que usar transporte: o Tram (bonde) número 6 ou o ônibus 39 te levam até lá. Desça na estação Zoo. Mas já adiantamos: além de um parque e do hall de entrada do prédio com bolas e troféus, não há muito o que fazer por lá.
Como muita gente gosta de fazer compras, a dica para a noite é conhecer a mais elegante loja de departamento de Zurique: Jelmoli. Ela foi fundada há quase 190 anos, está localizada na Bahnhofstrasse (sim, aquela que é a avenida mais famosa da cidade), tem seis andares e mais de 1 mil marcas espalhadas pelos corredores, da Nike a Chanel, passando por Dior a Swarovski.
Caso queira um shopping, o maior da cidade é o Glattzentrum, ou simplesmente Glatt. São mais de 100 lojas, mas ele fica um pouco mais afastado e é preciso pegar transporte público. O TRAM S19 passa por lá.
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Autores: Fábio Trindade e Tiago Stachetti
