Amsterdam é uma cidade tão encantadora que existe uma enorme chance de você ficar com um gostinho de “quero muito mais” após passar apenas dois dias por lá. Mas também sabemos que muitas vezes o tempo é curto, e por isso pensamos em um roteiro que contempla o que não pode ficar de fora ao pisar na capital holandesa. Porém, será preciso fazer escolhas sobre o que deixar de fora, mas vamos te dar algumas opções. Tem mais tempo? Clique aqui e conheça nosso roteiro AMSTERDAM EM 3 DIAS.
DIA 1:
Nada melhor do que começar de uma forma típica e divertida, então vamos deixar aqui duas opções para você escolher. Além de curtir as belas paisagens, você vai ter a chance de se situar na cidade, localizar vários pontos turísticos que irá visitar mais adiante e entrar no clima de um lugar onde barcos e bicicletas reinam no quesito transporte.
Passeio de Barco pelos canais: Existem passeios de diferentes durações, inclusive para o dia todo, mas como você não tem muito tempo, escolha o de apenas 1 hora (tem áudio em Português). Pegue um TRAM (os famosos bondes) e vá para a Estação Central. Vários barcos partem de lá. Outra opção é pegá-los perto da praça Leidseplein (os TRAMs 1,2,5,7 e 10 passam por ali) e é nela que você deve terminar o tour.
Tour de Bicicleta: Não quer passear de barco? Então alugue uma bike nos muitos pontos espalhados pela cidade (normalmente 10 euros pelo dia). Mas o mais aconselhável é fazer os tours guiados (porque o trânsito de bicicletas na cidade é uma loucura). Existem várias opções de passeios e normalmente começam às 10h30 e às 13h30. Informações aqui. O de duas horas custa € 23,50 e passa por muitos lugares da cidade, com algumas paradas para o guia dar informações preciosas do local, como a Estação Central, Museu Nacional, Red Light District, etc.
De qualquer forma, termine o passeio na Leidsplein e depois caminhe até a Museumplein (Praça dos Museus) a apenas 1 quilômetro de distância. Esta é uma região onde se concentram vários museus da cidade e a ideia, em dois dias, é visitar um deles.
Opção 1: Entrar no Rijksmuseum (Museu Nacional), considerado o Louvre de Amsterdam e o maior do país, e ver apenas as principais obras (concentradas na seção sobre o século 17). A visita completa pode durar de duas a três horas, dependendo do seu interesse por história. O museu expõe pinturas de artistas holandeses e estrangeiros, mas não deixe de visitar os dois maiores destaques: “A Ronda Noturna” de Rembrandt e “A Leiteira” de Vermeer.
Para não perder tempo em filas na entrada, compre seu ingresso antecipadamente pelo site www.rijksmuseum.nl.
Em frente ao Rijksmuseum fica o famoso letreiro I Amsterdam, pausa obrigatória para fotos. O local está sempre lotado, e conseguir uma foto sozinho é missão quase impossível! As pessoas adoram subir nas letras também, o que rende fotos muito curiosas.
Opção 2: O Van Gogh Museum está bem ali ao lado. Muito interessante (e na nossa opinião deveria ser a sua escolha, pois é diferente de todos os museus que você já possa ter conhecido, já que o foco é um único artista). Além de contar toda a biografia e trajetória de Van Gogh, possui também obras de artistas que serviram de inspiração para o pintor e de outros que se inspiraram nele para realizar os trabalhos. Apesar de não ser muito grande, reserve de 1 a 2 horas para a visita. Mas atenção: Compre seus ingressos antecipadamente pelo site www.vangoghmuseum.nl. A fila para quem não tem ingresso é IMENSA.
Depois, hora de algo que pode soar um pouco inusitado: a Heineken Experience. Mesmo que você não seja fã de cerveja vai achar o museu interativo bastante interessante. Você vai acompanhar todo o processo de fabricação da bebida, conhecer um pouco da história e até degustar algumas delas.
O itinerário da visita é pré-estabelecido e dura em média 2 horas, então siga o fluxo. A cervejaria fica perto da Marie Heinekenplein, dá para ir a pé da Museumplein porque é muito pertinho, mas se preferir o TRAM pode pegar os números 16, 24 ou 25.
Saindo de lá caminhe até o Vondelpark, uma grande área verde e o parque mais popular da cidade. Além de curtir a natureza você pode aproveitar as várias atrações que o lugar oferece, como por exemplo, teatro ao ar livre, jardim botânico, lojas para aluguel de skates e patins, bares e restaurantes.
Para encerrar o dia vá à Rembrandtplein, a praça mais agradável da cidade. Ela é extremamente movimentada porque conta com vários bares, restaurantes e os famosos coffee shops de Amsterdam (onde as pessoas se esbaldam com a liberação da maconha).
Ela tem esse nome porque há um monumento homenageando Rembrandt bem no centro da praça, além de outras estátuas, em tamanho real, que representam o famoso quadro do artista, A Ronda Noturna. No verão muitos artistas se apresentam ao vivo por ali, e no inverno o pessoal costuma frequentar as baladas fechadas. Acredite, há muita gente a qualquer hora do dia e o local, caso tenha tempo, merece várias passadas.
DIA 2:
A primeira visita do dia é sem dúvida um dos lugares mais importantes e concorridos de Amsterdam, a Casa de Anne Frank. E já fica aqui a nossa dica: compre os ingressos com 2 ou 3 meses de antecedência pelo site www.annefrank.org/pt. Atenção: Isso é dica para a vida.
Com um pouco mais de um mês os ingressos já se esgotam. A casa funciona assim: de manhã, até às 15h30, só visita quem agendou horário, ou seja, comprou o ingresso. Depois das 15h30, abre para o público em geral que NÃO tem ingresso. E acredite: a fila começa a se formar por volta das 13h e você ficará NO MÍNIMO duas horas no sol (ou chuva) em pé esperando. Com os ingressos em mãos, você demora no máximo 10 minutos para entrar.
Trata-se da casa que serviu como esconderijo para a menina judia (sem dúvida você já ouviu falar no livro O Diário de Anne Frank) e toda a família por dois longos anos durante a segunda guerra mundial, até serem descobertos pelos nazistas. Foi aqui que Anne Frank escreveu seu famoso diário.
A moradia acabou se tornando um museu e a visita de mais ou menos duas horas (com guia em Português) consiste em um passeio pelos cômodos (inclusive os secretos), onde você verá alguns objetos expostos para os visitantes e depoimentos dos sobreviventes (na família, só o pai sobreviveu, mas há também alguns amigos que ajudaram a manter o esconderijo). Você também verá o diário original, que está protegido por uma redoma de vidro.
Saindo de lá, visite a igreja bem ao lado, a Westerkerk. Com a bela torre de 85 metros, é a mais alta da cidade e a maior igreja protestante da Holanda. É aqui que estão os restos mortais de Rembrandt. Atenção: pode parecer estranho, mas ela não abre aos domingos.
Continuando, caminhe pela Raadhuisstrat até chegar à principal praça da cidade, a Dam Square. Como dito no primeiro dia, a praça mais legal de Amsterdam é a Rembrandtplein, mas a Dam é a mais famosa. Além de bares, restaurantes e muitas lojas, aqui você vai encontrar vários pontos de interesse descritos a seguir, mas provavelmente terá tempo de entrar apenas em um. Então escolha o que mais lhe agradar.
Nieuwe Kerk: Apesar do nome “Igreja Nova”, ela foi construída no século XV quando a Oude Kerk (Igreja Velha) passou por reformas. O interior não é tão bonito quanto o da primeira, mas vale a visita.
Museu de Cera Madame Tussauds: É o museu que segue os padrões de todos espalhados pelo mundo, com réplicas de personalidades mundiais feitas de cera. Claro que ele também é muito visitado porque a riqueza de detalhes dos bonecos é realmente impressionante e por várias vezes você vai ter a sensação de estar perto da pessoa em carne e osso.
Koninklijk Paleis (Palácio Real): Construído há cerca de 350 anos, uma visita a ele não pode ficar fora da programação. A família Real não mora lá (eles moram em Haia, um bate-volta imperdível de Amsterdam), mas o palácio é usado como casa de hóspedes para visitas do Estado. Você pode comprar ingressos no local, mas se preferir uma visita guiada é melhor comprar pela internet com pelo menos 2 semanas de antecedência.
A avenida Damrak é uma das mais famosas e movimentadas de Amsterdam, que vai desde a Dam Square até a Estação Central (e seu prédio lindo). Aqui encontram-se inúmeras lojas, desde roupas até lembrancinhas. Fique à vontade para circular por ela, mas lembre-se que você ainda não viu o bairro mais famoso de Amsterdam.
Siga pela Warmoesstraat para chegar na Oude Kerk (Igreja Velha). Provavelmente você chegará aqui no fim da tarde e ela deve estar fechada, mas a Igreja está localizada literalmente no famoso Red Light District. Sim, este é o bairro onde estão as “vitrines” com prostitutas vestindo apenas uma lingerie e esperando pelos clientes, seja noite ou seja dia. Caso esteja se perguntando, realmente de um lado você vê as vitrines com as meninas e do outro a igreja. É bem bizarro.
Há dois museus no bairro: o Museu da Prostituição e o Museu do Sexo. Eles ficam abertos até meia-noite no verão. Mas as pessoas vão mesmo na região para ver as vitrines. DICA: Não é permitido fotografar ou filmar as mulheres. Se você se arriscar, elas ou os cafetões vão tirar satisfação com você.
Para encerrar, depois de passar de dia na Leidseplein, agora é hora de voltar à noite. O local é rico em nightlife, com muitos bares, restaures e baladas. Tome um vinho, coma algo e passe um tempo muito agradável por lá. Tem desde churrascarias (argentinas, não brasileiras), a restaurantes mexicanos e pizzarias.
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Autores: Fábio Trindade e Tiago Stachetti