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Tudo sobre Peterhof, o palácio de Pedro, o Grande, conhecido como o Versailles russo

As construções de São Petersburgo são majestosas, mas a cidade definitivamente não teria o mesmo charme sem os belos canais que cortam a região. O cenário, sem dúvida, lembra Veneza, só que em “tamanho família”, onde grandes barcos substituem as gôndolas na tarefa de levar os turistas por todos os lados. Portanto, a viagem a São Petersburgo não estará completa se não incluir um passeio pelo rio Neva.

Canal do Peterhof chega até o Mar Báltico. Local era o palácio barroco de Pedro, o Grande

Para onde se olha, há construções históricas importantes, como a gigantesca Fortaleza de Pedro e Paulo, considerada o marco da fundação da cidade. E as mais de 340 pontes espalhadas pelo município se encarregam de deixar tudo ainda mais agradável. E nas “Noites Brancas”, quando o sol praticamente não vai embora, há passeios até altas horas.

Jardins são abastecidos com inúmeras fontes douradas que dão um charme muito especial ao local

Para deixar a visita mais proveitosa, faça um tour pelo rio com a embarcação que, além de circular pelas principais regiões da cidade, leva o turista direto para Peterhof, o Palácio de Pedro, o Grande. O Versailles russo, como é conhecido, é um conjunto de palácios e jardins situado nas proximidades de São Petersburgo (cerca de 30km), com vista para o Golfo da Finlândia e que faz parte do Patrimônio Mundial da Unesco. Também existem ônibus partindo do centro  que chegam até lá (como as linhas 348 e 350), mas esqueça isso.

Os Hydrofoil partem do cais literalmente em frente ao Museu Hermitage e levam os turistas até Peterhof em meia-hora. É possível apreciar a cidade durante o caminho, inclusive o estádio de futebol que foi construído exclusivamente para a Copa do Mundo de 2018 e que ficou pronto em abril de 2017. Os barcos saem de Petersburgo a cada meia-hora, entre 10h e 15h, e a volta acontece entre 11h e 17h. A passagem custa 750 rublos por trecho (13 dólares).

Viagem de barco até Peterhof dura 30 minutos, mas se você vai ficar alguns dias em São Petersburgo, sem dúvida a visita vale a pena

O palácio

Peterhof foi erguido entre os anos de 1714 e 1725 e conta com inúmeras fontes, muitas delas disfarçadas, para molhar o turista – de leve. Mas a maior e mais impressionante é A Grande Cascata, rodeada por diversas estátuas douradas que dão um brilho surreal ao local nos dias ensolarados (felizmente, o tempo estava incrível quando visitamos) e com um canal que chega até o Mar Báltico.

Além dos jardins, há o palácio central e outros museus menores espalhados. Cada um com uma entrada diferente, e preços diferentes

Como dito, Peterhof é formado por um conjunto de palácios, e cada local cobra uma entrada separadamente. Ou seja, é preciso comprar ingressos para entrar no parque e conhecer o jardim inferior, e depois para cada museu que desejar conhecer no palácio.

A visita ao prédio principal é deslumbrante (tudo é tão bem preservado que é preciso até encapar os sapatos com tocas para não estragar o assoalho dos salões), mas não tivemos tempo de conhecer os demais museus (ou perderíamos a saída do cruzeiro, o que não ia ser nada legal). Eles são bem menores, mas preferimos usar o tempo para o belíssimo jardim. Detalhe: fotos são proibidas dentro do palácio.

A sorte ajudou e o sol brilhava forte durante o passeio em Peterhof, o que deixou as fontes do palácio ainda mais belas

 

Arredores

Outro palácio que embeleza a região de São Petersburgo e merece atenção é o Museu Tsarskoye Selo, ou Palácio de Catarina. A antiga residência de Verão dos czares foi construída em 1756 em estilo Rococó e tem 325 metros de comprimento. Já o interior é composto por um grande conjunto de salas formais de Rastrelli, conhecido como Fileira Dourada.

O ponto alto é o espaçoso salão de baile, o Hall das Luzes, com afrescos que deixam os visitantes estupefatos. Repare na reação dos turistas ao entrar no local. Há ainda, diversas salas menores com decorações distintas, incluindo uma reprodução da Câmara de Âmbar, sala descrita como a oitava maravilha do mundo e que desapareceu durante a 2ª Guerra Mundial.

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Autores: Fábio Trindade e Tiago Stachetti

Fábio Trindade

Jornalista e viajante profissional @fatrindade

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