Amsterdam não é uma cidade muito grande e as principais atrações estão concentradas, facilitando a visita. Então, neste roteiro de 3 dias, ajudaremos você a conhecer tranquilamente o que a cidade tem de melhor, e é possível fazer praticamente tudo a pé – com exceção dos passeios que podem ser feitos justamente pelos transportes mais comuns de lá, como andar de bicicleta pela capital ou navegar pelos canais. Mas atenção: o roteiro não inclui os famosos bate-volta de Amsterdam (extremamente interessantes). Para isso, é interessante reservar mais dias ou cortar atividades. Há opções de roteiros aqui. Além disso, você pode conferir como foi a nossa viagem aqui:
DIA 1:
Nada melhor do que começar de uma forma típica e divertida fazendo um passeio de barco pelos canais. Além de curtir as belas paisagens você vai ter a chance de se situar na cidade, localizar vários pontos turísticos que irá visitar mais adiante e entrar no clima de um lugar onde barcos e bicicletas reinam no quesito transporte.
Existem passeios de diferentes durações, inclusive para o dia todo (com almoço, para alguns vilarejos vizinhos, etc), mas procure um que ocupe NO MÁXIMO o período da manhã. Há opções de apenas 1 hora (custa em média 16 euros a hora, mas procure cupons de desconto no hotel). Pegue um TRAM (os famosos bondes) e vá para a Estação Central. Vários barcos partem de lá. Outra opção é pegá-los perto da praça Leidseplein (os TRAMs 1,2,5,7 e 10 passam por lá) e é nela que você deve terminar o tour.
DICA: Aconselhamos fazer o passeio só no começo da viagem, quando ainda não se conhece Amsterdam. Você ganha um fone (com áudio em português) que vai explicando os lugares por onde passa. Mas depois de um tempo, o tour fica extremamente monótono (para não dizer um porre).
Saindo do barco na Leidsplein, caminhe até a Museumplein (Praça dos Museus) a apenas 1 quilômetro de distância. Esta é uma região onde se concentram vários museus da cidade e a ideia é visitar dois deles.
Comece pelo Rijksmuseum (Museu Nacional), considerado o Louvre de Amsterdam e maior do país. A visita pode durar de duas a três horas, dependendo do seu interesse por história. O museu expõe pinturas de artistas holandeses e estrangeiros, mas não deixe de visitar os dois maiores destaques: “A Ronda Noturna” de Rembrandt e “A Leiteira” de Vermeer. Para não perder tempo em filas na entrada, compre seu ingresso antecipadamente pelo site www.rijksmuseum.nl.
Em frente ao Rijksmuseum fica o famoso letreiro I Amsterdam, pausa obrigatória para fotos. O local está sempre lotado, e conseguir uma foto sozinho é missão quase impossível! As pessoas adoram subir nas letras também, o que rende fotos muito curiosas.
Já clicou bastante? Então vá para o Van Gogh Museum bem ali ao lado. Muito interessante, pois além de contar toda a biografia e trajetória do artista, possui também obras de artistas que serviram de inspiração para o pintor e de outros que se inspiraram nele para realizar os trabalhos. Apesar de não ser muito grande, reserve de 1 a 2 horas para a visita. Mas atenção: Compre seus ingressos antecipadamente pelo site www.vangoghmuseum.nl. A fila para quem não tem ingresso é IMENSA.
Para encerrar o dia vá à Rembrandtplein, a praça mais agradável da cidade e extremamente movimentada, porque conta com vários bares, restaurantes e os famosos coffee shops de Amsterdam (onde as pessoas se esbaldam com a liberação da maconha).
Ela tem esse nome porque há um monumento homenageando Rembrandt bem no centro da praça, além de outras estátuas, em tamanho real, que representam o famoso quadro do artista, A Ronda Noturna (você deve ter visto no Rijksmuseum). No verão muitos artistas se apresentam ao vivo por ali, e no inverno o pessoal costuma frequentar os locais fechados. Acredite, há muita gente a qualquer hora do dia e o local, caso tenha tempo, merece várias passadas.
DIA 2:
A primeira visita do dia é sem dúvida um dos lugares mais importantes e concorridos de Amsterdam, a Casa de Anne Frank. E já fica aqui a nossa dica: compre os ingressos com 2 ou 3 meses de antecedência pelo site www.annefrank.org/pt. Atenção: Isso é dica para a vida.
Com um pouco mais de um mês os ingressos já se esgotam. A casa funciona assim: de manhã, até às 15h30, só visita quem agendou horário, ou seja, comprou o ingresso. Depois das 15h30, abre para o público em geral que NÃO tem ingresso. E acredite: a fila começa a se formar por volta das 13h e você ficará NO MÍNIMO duas horas no sol (ou chuva) em pé esperando. Com os ingressos em mãos, você demora no máximo 10 minutos para entrar.
Trata-se da casa que serviu como esconderijo para a menina judia (sem dúvida você já ouviu falar no livro O Diário de Anne Frank) e toda a família por dois longos anos durante a segunda guerra mundial, até serem descobertos pelos nazistas. Foi aqui que Anne Frank escreveu seu famoso diário. As páginas originais estão expostas na casa, e você pode conferir no nosso vídeo sobre a visita:
A moradia acabou se tornando um museu e a visita de mais ou menos duas horas (com guia em Português) consiste em um passeio pelos cômodos (inclusive os secretos), onde você verá alguns objetos expostos para os visitantes e depoimentos dos sobreviventes (na família, só o pai sobreviveu, mas há também alguns amigos que ajudaram a manter o esconderijo). Você também verá o diário original, que está protegido por uma redoma de vidro.
Saindo de lá, visite a igreja bem ao lado, a Westerkerk. Com a bela torre de 85 metros, é a mais alta da cidade e a maior igreja protestante da Holanda. É aqui que estão os restos mortais de Rembrandt. Atenção: pode parecer estranho, mas ela não abre aos domingos.
Continuando, caminhe pela Raadhuisstrat até chegar à principal praça da cidade, a Dam Square. Como dito no primeiro dia, a praça mais legal de Amsterdam é a Rembrandtplein, mas a Dam é a mais famosa. Além de bares, restaurantes e muitas lojas, aqui você vai encontrar vários pontos de interesse descritos a seguir:
Nieuwe Kerk: Apesar do nome “Igreja Nova”, ela foi construída no século XV quando a Oude Kerk (Igreja Velha) passou por reformas. O interior não é tão bonito quanto o da primeira, mas vale a visita.
Museu de Cera Madame Tussauds: É o museu que segue os padrões de todos aqueles espalhados pelo mundo, com réplicas de personalidades mundiais feitas de cera. Claro que ele também é muito visitado porque a riqueza de detalhes dos bonecos é realmente impressionante e por várias vezes você vai ter a sensação de estar perto da pessoa em carne e osso.
Koninklijk Paleis (Palácio Real): Construído há cerca de 350 anos, uma visita a ele não pode ficar fora da programação. A família Real não mora lá (eles moram em Haia, um bate-volta imperdível de Amsterdam), mas o palácio é usado como casa de hóspedes para visitas do Estado. Você pode comprar ingressos no local, mas se preferir uma visita guiada é melhor comprar pela internet com pelo menos 2 semanas de antecedência.
Conheça a região e depois siga pela Damrak, uma das avenidas mais famosas e movimentadas de Amsterdam, que vai desde a Dam Square até a Estação Central (e seu prédio lindo). Nem é preciso falar sobre a diversidade de comércio que você vai encontrar por lá, então aproveite para comprar lembrancinhas típicas ou roupas mesmo. Há lojas como C&A, Primark, H&M, entre outras.
Mas não se afaste muito da Dam Square porque dela é só caminhar 500 metros pela Warmoesstraat para chegar na Oude Kerk (Igreja Velha). Os maiores destaques do enorme edifício redondo em estilo medieval são os vitrais e o belo órgão. Também é possível subir na torre e apreciar uma linda vista da cidade.
Essa igreja está localizada literalmente no famoso Red Light District, bairro onde estão as “vitrines” com prostitutas vestindo apenas uma lingerie e esperando pelos clientes, seja noite ou seja dia. Sim, de um lado você vê as vitrines com as meninas, do outro a igreja. É bem bizarro.
Há dois museus no bairro: o Museu da Prostituição e o Museu do Sexo. Eles ficam abertos até meia-noite no verão. Mas as pessoas vão mesmo na região para ver as famosas vitrines. DICA: Não é permitido fotografar ou filmar as mulheres.
Por mais que você queria registrar a visita, não arrisque, pois você pode arrumar uma mega confusão com os cafetões – e com elas mesmas. Vimos algumas abrirem as portas de vidro e tirarem satisfação com a pessoa que tentava fazer foto.
Aqui é caminhar pelas duas ruas principais, que acompanham o canal, e suas ruelas. Mas se for à noite (a melhor forma de ver o lugar) a região da Igreja Velha não é aconselhável. O local fica deprimente, porque não tem iluminação nenhuma (é um breu, com exceção das luzes vermelhas das vitrines), e cheio de gente estranha pelos cantos. E há um detalhe: enquanto nas vias principais ficam as mulheres, digamos, jovens, magras, bonitas, etc, perto da Igreja ficam as que fogem totalmente desses padrões. Então se vê tudo que não há nas demais ruas, principalmente senhoras realmente muito idosas, acima do peso e travestis.
Mas não encerre o dia ainda. Depois de passar de dia na Leidseplein, agora é hora de voltar à noite. O local é rico em nightlife, com muitos bares, restaures e baladas. Imperdível tirar um tempo para comer aqui. Tem desde churrascarias (argentinas, não brasileiras), a restaurantes mexicanos e pizzarias.
DIA 3:
Vamos começar o dia com o programa mais típico de Amsterdam: um passeio de bicicleta. Você pode alugar uma bike nos muitos pontos espalhados pela cidade (normalmente 10 euros pelo dia), ou fazer os tours guiados (mais aconselhável, porque o trânsito de bicicletas na cidade é uma loucura.
Existem algumas opções de passeios (normalmente começam às 10h30, mas há também às 13h30), até alguns que vão para outras cidades. Informações aqui. DICA: O de duas horas custa € 23,50 e passa por muitos lugares da cidade, com algumas paradas para o guia dar informações preciosas do local, como a Estação Central, Museu Nacional, Red Light District, etc.
Depois, hora de algo que pode soar um pouco inusitado: a Heineken Experience. Mesmo que você não seja fã de cerveja vai achar o museu interativo bastante interessante. Você vai acompanhar todo o processo de fabricação da bebida, conhecer um pouco da história e até degustar algumas delas. O itinerário da visita é pré-estabelecido e dura em média 2 horas, então siga o fluxo. A cervejaria está situada perto da Marie Heinekenplein, você pode ir caminhando, mas se preferir o TRAM pode pegar os números 16, 24 ou 25. Fica também a uma curta distância a pé da Museumplein.
Saindo de lá caminhe até o Vondelpark, uma grande área verde e o parque mais popular da cidade. Além de curtir a natureza você pode aproveitar as várias atrações que o parque oferece, como por exemplo teatro ao ar livre, jardim botânico, lojas para aluguel de skates e patins, bares e restaurantes. Aproveite e faça uma gostosa refeição.
Reserve um tempo para um passeio a pé pela cidade também. Acredite, caminhar por Amsterdam talvez seja a coisa mais agradável de se fazer. Admire as construções, fotografe os canais cada vez que você atravessar uma ponte, entre nas lojas que despertarem seu interesse. O bairro onde está a Casa da Anne Frank é um primor, mas não importa por onde você ande, o charme está para todos os lados.
DICA/Opção: Não sabe andar de bicicleta, não curte, não acha que tem o pique necessário… Enfim, não quer fazer o tour de bike, não tem problema. Aqui vai uma opção para substitui-lo, caso você não tenha mais dias na cidade: um bate-volta a Zaanse Schans, uma típica vila holandesa onde a grande atração é ver os famosos Moinhos de Vento. É muito simples chegar na região e explicamos o caminho aqui, onde também contamos tudo o que fazer na cidade.
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Autores: Fábio Trindade e Tiago Stachetti
Olá Fábio e Tiago!
Gostaria de tirar uma dúvida com vocês. Mesmo comprando os ingressos pelo site, ainda se perde algum tempo na fila para entrar na casa da Anne Frank?
Obrigado.
Oi Adriano.
Olha, nós ficamos menos de 15 min na fila com ingresso. A fila sem ingresso estava em mais de 2h.
É bem rápido pra entrar com ingresso. Só acumula as pessoas daquele horário específico
Abs
Muito obrigado pelo retorno e parabéns pelo site, está show de bola. Agora vou pegar as dicas de Roma… hehe.
Abs
Olá, parabéns pelo roteiro, o melhor que vi até agora de Amsterdam. Gostaria de uma ajuda, como não falo muito inglês, vou sempre com roteiro preparado dos lugares onde quero ir rs
Você pode me dizer como chego na Winkel 43 do Jordaan a partir da Casa de Anne Frank??
Desde já agradeço 🙂